segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ontem fui à missa! Já nãi ia à missa ao Domingo há muito tempo... Há anos!
Ia a missas ocasionais mas aquela rotina de ir à missa ao Domingo estava perdida no tempo.
Escolhemos ir à missa onde está o padre que celebrou o nosso casamento porque gostamos muito dele, da forma ligeira, animada e próxima das pessoas com que fala.

E soube tão bem. Soube tão bem ouvir as palavras dele, ouvir os cânticos, as leituras. Tive sempre educação cristã, ia sempre à missa aos Domingos com a minha mãe e irmãos, rezava todos os dias e ia a Fátima com regularidade. Até ao dia em que perdi a fé. Perdi a fé quando uma amiga de apenas 14 anos morreu ao vir do Algarve com outra amiga nossa. Foi uma brutalidade o que aconteceu e a minha maneira de ragir foi virar as costas a Deus e a tudo aquilo em que acreditava.

Confesso mesmo que andei perdida na vida. Optei por uma vida de excessos, de muita loucura, diversão e disparates. Olhando para trás não me arrependo totalmente desses tempos porque vivi, aprendi, magoei-me, caí e levantei-me. Arrependo-me só por não ter tido respeito por mim nem pelos outros.

Hoje tenho amor próprio, respeito-me e respeito ou tento respeitar quem está à minha volta. Hoje sinto que fiz as pazes com Deus, sinto que recuperei a minha fé e sinto-me muito mais acompanhada por algo superior. Independentemente da religião, é bom acreditarmos em qualquer coisa superior a nós, seja um Deus ou uma energia ou apenas o destino. Saber que a nossa existência não se pode resumir apenas a isso, à nossa existência. Conforta-me saber que há qualquer coisa para lá desta vida, que não acaba aqui.

2 comentários:

C*inderela disse...

Engraçado (sem ter graça), eu também perdi a fé quando uma amiga minha morreu. Tinhamos nós uns 10/11 anos.
Hoje em dia tenho fé e acredito em Deus mas não frequento muito a Igreja porque acho que há muita contradição e que nem todos os padres se regem pelo mesmo. Publiquei ainda há pouco que a minha cerimónia religiosa não foi tão bom quanto o idealizado graças ao padre da Igreja de lá.

bjokas

M.M. disse...

Quando tinha 20 anos tambem tive um grande amigo que morreu. A partir desse momento tambem me revoltei com Deus. Não posso dizer que deixei de acreditar nele, mas senti como se Ele me tivesse traído de uma forma que não consigo explicar. Nunca me afastei da Igreja, mas sim de Deus (é estranho mas foi mesmo isto que aconteceu!). Agora, passados alguns anos, estou na fase em que quero / preciso aproximar-me d'Ele novamente... sei que nunca será como antes, mas é uma necessidade e acho que estou no bom caminho :)